Em decisão inédita, o juiz Guilherme Madeira Dezem, da 2ª Vara de Registros Públicos de São Paulo determinou a retificação do assentamento de óbito de João Batista Franco Drummond, lavrado em 16 de outubro de 1976, alterando o local da morte, "avenida 9 de julho" para dependências do “Doi Codi do II Exército em São Paulo”.
por Christiane Marcondes
A causa da morte também foi alterada: de traumatismo craniano para “decorrência de torturas físicas”. O advogado Egmar José de Oliveira não esconde a alegria ao afirmar que a sentença representa um avanço: “O fundamento que o juiz utilizou para chegar à decisão é de natureza política. É uma inovação”, declarou.
Para o Dr. Marcelo Semer, juiz de direito em São Paulo e escritor, "a sentença proferida será certamente um paradigma".
Para Iná Camargo, quando um mero intelectual diz que o projeto socialista está fora de pauta, ele está simplesmente expressando seu mais profundo desejo que nunca entre mesmo na pauta
No dia 14, acontecerá o Sábado Resistente sobre os 40 anos da Guerrilha do Araguaia no Memorial da Resistência de São Paulo, às 14h. O encontro reúne interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial a resistência à ditadura civil-militar implantada com o golpe de Estado de 1964.
Neste sábado, participarão do debate a coordenadora do Memorial da Resistência, Kátia Felipini; Ivan Seixas, do Núcleo de Preservação da Memória Política; o professor da Universidade Federal de Goiás e autor do livro Guerrilha do Araguaia: a esquerda em armas, Romualdo Pessoa Campos Filho; o procurador da República em Ribeirão Preto e integrante do Grupo Direito à Memória e à Verdade do Ministério Público Federal, Andrey Borges de Mendonça; e o secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão.