Além dos
370 já catalogados pela pesquisa como vítimas do regime, há outros 488
casos em que não há informações suficientes para que seja feita a
caracterização como tal
por Najla Passos
O governo quer incluir pelo menos 370 camponeses, assassinados entre 1961 e 1988, na lista oficial de mortos e desaparecidos da ditadura militar. São principalmente sindicalistas e lideranças de lutas coletivas que tombaram em decorrência da política repressora dos militares. Segundo o coordenador do Projeto Memória e Verdade da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Gilney Viana, a invisibilidade dos trabalhadores rurais é tão grande que eles foram alijados, até mesmo, das leis da Anistia, de 1979, e da Comissão de Mortos e Desaparecidos, de 1995, criadas para reparar a violência cometida pelos agentes de estado durante o regime. “Esses camponeses são os desaparecidos dos desaparecidos”, afirma.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Eventos em SP lembram 75 anos do nascimento de Vladimir Herzog
A largada foi dada nesta quinta-feira, com a abertura de uma mostra de documentários políticos latino-americanos
por Camila Moraes
Os processos formais ligados à restauração da memória e ao direito à justiça, nos países latino-americanos que viveram décadas de ditadura, demoraram bastante a se estabelecer. É o caso do Brasil, que só em 2012, longos anos após a queda do poder ditatorial, vê estampadas com maior frequência na imprensa nacional manchetes sobre as chamadas Comissões da Verdade.
por Camila Moraes
Os processos formais ligados à restauração da memória e ao direito à justiça, nos países latino-americanos que viveram décadas de ditadura, demoraram bastante a se estabelecer. É o caso do Brasil, que só em 2012, longos anos após a queda do poder ditatorial, vê estampadas com maior frequência na imprensa nacional manchetes sobre as chamadas Comissões da Verdade.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Discurso de Dilma Rousseff na cerimônia de instalação da Comissão da Verdade
Senhoras e senhores,
Eu queria iniciar citando o deputado Ulisses Guimarães que, se vivesse ainda, certamente, ocuparia um lugar de honra nessa solenidade.
O senhor diretas, como aprendemos a reverenciá-lo, disse uma vez: “a verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria este nome se morresse quando censurada.” A verdade, de fato, não morre por ter sido escondida. Nas sombras somos todos privados da verdade, mas não é justo que continuemos apartados dela à luz do dia.
Eu queria iniciar citando o deputado Ulisses Guimarães que, se vivesse ainda, certamente, ocuparia um lugar de honra nessa solenidade.
O senhor diretas, como aprendemos a reverenciá-lo, disse uma vez: “a verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria este nome se morresse quando censurada.” A verdade, de fato, não morre por ter sido escondida. Nas sombras somos todos privados da verdade, mas não é justo que continuemos apartados dela à luz do dia.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Uma longa viagem, de Lúcia Murat
Amanhã, sábado, 5, o Memorial da Resistência de São Paulo realiza a pré-estreia e debate de "Uma longa viagem", um filme dirigido por Lúcia Murat. O filme acompanha a história de três irmãos, com a linha dramática conduzida pela trajetória do caçula que vai para Londres, em 1969, enviado pela família, para não entrar na luta armada contra a ditadura no Brasil, seguindo os passos da irmã. Durante os nove anos em que viaja pelo mundo, ele escreve cartas. O documentário apresenta cronologicamente algumas dessas cartas, entrecortado por entrevistas com o irmão. Os comentários em off da irmã, presa política que virou cineasta e viaja pelo mundo, diferentemente do irmão, obrigado a enfrentar diversos problemas em suas viagens, fazem um contraponto à entrevista e às cartas.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Kucinski: incinerar corpos é um método nazista
Desaparecidos políticos: incinerados em forno de usina de açúcar
Em "Memórias de uma guerra suja", um depoimento a Rogério Medeiros e Marcelo Netto, o ex-delegado Cláudio Guerra, do DOPS afirma que 11 desaparecidos políticos brasileiros foram reduzidos a cinzas em 1973 num imenso forno da Usina Cambahyba, localizada no município fluminense de Campos. Seu proprietário, um anti-comunista radical, Heli Ribeiro, era amigo pessoal de Guerra.
Em "Memórias de uma guerra suja", um depoimento a Rogério Medeiros e Marcelo Netto, o ex-delegado Cláudio Guerra, do DOPS afirma que 11 desaparecidos políticos brasileiros foram reduzidos a cinzas em 1973 num imenso forno da Usina Cambahyba, localizada no município fluminense de Campos. Seu proprietário, um anti-comunista radical, Heli Ribeiro, era amigo pessoal de Guerra.
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