Maravilhoso. Uma força extraordinária tinha essa mulher. Interpretava as belíssimas letras do Milton como ninguém jamais ousou. Letra perfeita. Quem cala morre também...
Por isso não podemos calar jamais. A força da letra da música, a garra da Elis cantando, refletem exatamente que calar é morrer. Meu canto ecoa pelos quatro cantos desse mundo !
Quem cala sobre teu corpo Consente na tua morte Talhada a ferro e fogo Nas profundezas do corte Que a bala riscou no peito Quem cala morre contigo Mais morto que estás agora...
Gente, isso é denso demais. Dói no peito, no cérebro, no corpo todo, até na alma.
Calar jamais!
Amo Elis e sua fúria. Amo Milton e sua capacidade de em tão poucas palavras ser tão intenso. Amo Arlequins por propiciar a chance de nos expressarmos.
Relógio no chão da praça Batendo, avisando a hora...
Bem isso mesmo. Avisando que em 1968 nessa hora marcada no relógio um menino morreu. Avisando que esse ponteiro fixo nessa hora é um alerta para que nunca esqueçamos que não podemos jamais permitir que meninos morram pelo simples fato de pensar, agir, idealizar e conceber um país melhor. Não sei que horas esse relógio marcava no momento do tiro, o imagino rodando incessante, circundando enfurecido todas as horas, porque toda hora é hora de alguém por fim a uma boa ideia, por fim a um bom menino. Por isso temos de ficar em alerta... e nunca esquecermos de nossa real importância.
Que bom que vcs voltaram a se expressar por aqui! Estávamos sentindo falta!... E seria ótimo poder contar com a presença de todos vcs nas próximas segundas feiras (dias 27/09 e 04/10) no Segundas Opiniões. Se não der pra ser lá também, que continue sempre aqui. Bjs
Toda hora é tempo de expressar. Uns morrem sem hora marcada exatamente por fazerem isso. Outros matam sabendo a hora de atirar. Meninos nunca deveriam morrer. Muito menos ainda pelas mãos dos que sabem a hora de atirar.
Edson Luis foi assassinado pela ditadura militar, através de uma pistola 45 empunhada pelo aspirante Aloisio Raposo, durante um ato de repressão policial da ditadura para desalojar os estudantes que haviam ocupado o Calabouço no dia 28 de março de 1968.
Edson não era ativista da luta contra a ditadura, estava no Restaurante Central dos Estudantes, no Calabouço, Centro do Rio, onde comia, porque participava da "briga" contra o restaurante pela péssima comida que servia aos universitários, ajudando a colar cartazes e jornais nos murais.
Mas, como se sabe, o lugar era mais indigesto para o governo militar do que para os universitários que pagavam 50 centavos por um prato. Do golpe militar, quando a UNE foi posta na clandestinidade, até março de 1968, o restaurante foi o centro de ebulição da resistência à ditadura. De motivos mais triviais, como comida podre, às lutas mais encarniçadas, de lá partiram passeatas que desafiaram os generais e entraram para a História.
Edson estava no lugar errado e na hora errada.
O registro de Ocorrência n. 917 da 3ª D.P. informou que, no tiroteio ocorrido no Restaurante Calabouço, outras seis pessoas ficaram feridas, sendo atendidas no Hospital Souza Aguiar. Foram elas: Telmo Matos Henriques, Benedito Frazão Dutra (que veio a falecer, logo depois), Antônio Inácio de Paulo, Walmir Gilberto Bittencourt, Olavo de Souza Nascimento e Francisco Dias Pinto.
Outras três pessoas foram feridas na Praça Floriano, durante o velório de Edson Luiz, realizado na Assembléia Legislativa, são elas: Jouber Valan, João Silva Costa e Henrique Rego Carnel, também atendidos no Hospital Souza Aguiar.
O corpo de Edson Luiz foi levado por milhares de estudantes em passeata até o Cemitério São João Batista. O fato marcou a luta de resitência à ditadura sob o slong "um estudante foi assassinado, ele poderia ser seu filho!" e inspirou as centenas de grandes manifestações que ocorreram até a redemocratização do país com as eleições diretas de 1989.
Afonso, meu amigo. Esclarecedora a sua postagem. No entanto, não concordo com a citação "Edson estava no lugar errado e na hora errada". Não existe isso. Todos estamos onde deveríamos estar. Somos livres. A bala que matou Edson tinha endereço certo. Matar qualquer um que estivesse naquele lugar e naquela hora. Quem estava no lugar errado e na hora errada eram os militares com suas armas contra os meninos.
CIDA CONCORDO COM VC MAS ACHO QUE O AFONSO QUIS DIZER QUE ALGUMAS PESSOAS MORREM NA HORA ERRADA PORQUE NÃO ERA HORA DELAS, POIS O EDSON NAO ESTAVA LÁ NAQUELE LUGAR E NAQUELA HORA MILITANDO CONTRA O REGIME MILITAR. NINGUÉM NAQUELA HORA E NAQUELE LUGAR DEVERIA MORRER, CLARO. MAS ELE NÃO ESTAVA LÁ PELA CAUSA QUE LHE CUSTOU A VIDA. POR ISSO A EXPRESSÃO HORA ERRADA E LUGAR ERRADO. POIS ELE, NÃO SENDO MILITANTE, SE NÃO ESTIVESSE LÁ, NAQUELA HORA, PODERIA ESTAR VIVO. JÁ OS MILITANTES A TODA HORA E EM TODO LUGAR CORRIAM RISCOS.
Que loucura isso gente Ouvir Elis cantando arrepia A letra arrepia Arrepia muito mais saber que quando um regime, ou melhor, um estado, mata um menino como Edson, ou mesmo um militante contra esse estado, como disse o Silvio, não se está matando uma pessoa, e sim uma ideia, uma vontade, um despertar. Quando alguém morre por esse motivo dá uma raiva muito grande dos que se utilizam da força bruta para deter formas de pensar. Não podemos calar jamais sobre corpos dos que morrem pelas mãos de podres conservadores de causas fálidas. Democracia sei que não existe. Mas prefiro essa farsa à qualquer espécie de ditadura.
Respondo a esse tópico com outra composição de Milton Nascimento. Que é como vejo MENINOS, que é como MENINOS são. MENINOS não são para serem assassinados pelo estado, não são para serem calados.
Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente Um sol bem quente lá no meu quintal Toda vez que a bruxa me assombra O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas Que eu acredito Que não deixarão de existir Amizade, palavra, respeito Caráter, bondade alegria e amor Pois não posso Não devo Não quero Viver como toda essa gente Insiste em viver E não posso aceitar sossegado Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude O solidário não quer solidão Toda vez que a tristeza me alcança O menino me dá a mão Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto fraqueja Ele vem pra me dar a mão
Não aceito a morte por assassinato. Não somos bichos correndo atrás da comida. Mas atrás de ideias que alimentam o corpo e a cabeça. A minha colocação acima é meramente descrever o que acho que aconteceu com o menino Edson. Por mim ele estaria vivo. E não apenas colando painéis contra o restaurante, mas contra um estado repressor. Ele não teve tempo...
Gente. Nunca tinha visto esse vídeo. Me deixou nervosa. Que loucura a forma de interpretação da Elis. Que loucura... Ela se rasga como devem ter se rasgado todas as pessoas que conheciam o Edson. Ela clama como todas as pessoas que têm esse grito engasgado. Fico tão chateada comigo por me calar sobre corpos... ahnnn....
"Nenhum homem é uma ilha, completo em si mesmo, cada homem é um parto do continente, uma parte do todo...
... a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade, e, portanto, nunca mande perguntar por quem o sino toca, ele toca por você."
Moreeeeena... Se continuar com postagens assim não me responsabilizarei se me apaixonar por voce... hehehe... Me tocou seu comentário. Sem brincadeira agora. Sério mesmo. Acho isso mesmo que voce disse. Também me diminuo por cada homem morto, cada corpo caído. Mas dos não mortos, inclusive eu, aposto na proliferação de um continente de possibilidades, um mundo onde talvez sinos não precisem tocar porque todos já estão acordados e alertas.
A frase "há um passado no meu presente" Não me deixa esquecer E não quero esquecer jamais
E a "um sol bem quente lá no meu quintal" Me aquece de tal maneira que me fortalece para nunca, nunca mesmo, esquecer. Lembrar sempre. Como força vital. Que atenta me faz agir contra qualquer atitude que deponha contra a liberdade.
Tudo postado aqui é muito denso. Sou pega de surpresa com colocações riquíssimas que me deixa sem fôlego. Mas não posso me calar, mesmo que tanto já tenha sido dito.
Desculpem-me se eu estiver sendo inconveniente. Mas não resisto. O tópico me remeteu a essa explanação.
Tuma: mais um que morre sem ser condenado pelos crimes durante a ditadura militar brasileira
Morreu um dos maiores símbolos da ditadura militar no Brasil (1964-1985). E a notícia ruim: morreu sem ser condenado por seus crimes, engrossando uma lista de torturadores impunes que não poderão mais ser julgados.
A morte de Tuma expõe a dramática impunidade que impera no país após a ditadura. Com a lei da Anistia, aprovada em 1979 durante o governo do ditador Figueiredo, os torturadores se viram livres de qualquer ameaça de julgamento por seus crimes. Muitos deles, como o próprio Tuma, dedicaram-se à vida política.
E agora, com o passar dos anos, esses criminosos estão morrendo e sendo enterrados com honras de Estado, quando muitas de suas vítimas nem ao menos tiveram direito a um enterro. Em abril passado a OAB pediu ao STF a revisão da Lei da Anistia, mas o Supremo negou o pedido, perpetuando a impunidade aos torturadores. Ao mesmo tempo, o governo se nega a abrir os arquivos da ditadura, mantendo boa parte da história encoberta.
E enquanto isso, esses criminosos vão morrendo sem qualquer tipo de julgamento e punição, mantendo uma mancha na história do país.
Marcos Inconveniente seria se não tivesse falado Como disse a Linda Quem fala vive contigo Tuma era um torturador, pode até ser que nunca sangrou ninguém por suas próprias mãos, mas permitiu, deu ordens, consentiu que pessoas morressem sem julgamento. Absurdo. Olha o que eu falei. Morressem sem julgamento... Ninguém jamais deve morrer pela mão do estado por clamar por liberdade. Nem por motivo algum.
Quando o muro separa uma ponte une Se a vingança encara o remorso pune Você vem me agarra, alguém vem me solta Você vai na marra, ela um dia volta E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando Que medo você tem de nós, olha aí
Você corta um verso, eu escrevo outro Você me prende vivo, eu escapo morto De repente olha eu de novo Perturbando a paz, exigindo troco Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro Olha o velho, olha o moço chegando Que medo você tem de nós, olha aí
O muro caiu, olha a ponte Da liberdade guardiã O braço do Cristo, horizonte Abraça o dia de amanhã
Olha aí...
(Composição: Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro)
Penso como vcs: mais um que morre sem ser condenado pelos crimes durante a ditadura militar brasileira. Eles mataram pessoas sem julgamento e por isso devem responder por dois crimes: o de assassinato e o de desacato às leis.
Maravilhoso.
ResponderExcluirUma força extraordinária tinha essa mulher. Interpretava as belíssimas letras do Milton como ninguém jamais ousou. Letra perfeita.
Quem cala morre também...
Por isso não podemos calar jamais. A força da letra da música, a garra da Elis cantando, refletem exatamente que calar é morrer. Meu canto ecoa pelos quatro cantos desse mundo !
ResponderExcluirQuem cala sobre teu corpo
ResponderExcluirConsente na tua morte
Talhada a ferro e fogo
Nas profundezas do corte
Que a bala riscou no peito
Quem cala morre contigo
Mais morto que estás agora...
Gente, isso é denso demais. Dói no peito, no cérebro, no corpo todo, até na alma.
Calar jamais!
Amo Elis e sua fúria.
Amo Milton e sua capacidade de em tão poucas palavras ser tão intenso.
Amo Arlequins por propiciar a chance de nos expressarmos.
Relógio no chão da praça
ResponderExcluirBatendo, avisando a hora...
Bem isso mesmo. Avisando que em 1968 nessa hora marcada no relógio um menino morreu. Avisando que esse ponteiro fixo nessa hora é um alerta para que nunca esqueçamos que não podemos jamais permitir que meninos morram pelo simples fato de pensar, agir, idealizar e conceber um país melhor. Não sei que horas esse relógio marcava no momento do tiro, o imagino rodando incessante, circundando enfurecido todas as horas, porque toda hora é hora de alguém por fim a uma boa ideia, por fim a um bom menino. Por isso temos de ficar em alerta... e nunca esquecermos de nossa real importância.
Que bom que vcs voltaram a se expressar por aqui! Estávamos sentindo falta!... E seria ótimo poder contar com a presença de todos vcs nas próximas segundas feiras (dias 27/09 e 04/10) no Segundas Opiniões. Se não der pra ser lá também, que continue sempre aqui. Bjs
ResponderExcluirToda hora é tempo de expressar. Uns morrem sem hora marcada exatamente por fazerem isso. Outros matam sabendo a hora de atirar.
ResponderExcluirMeninos nunca deveriam morrer. Muito menos ainda pelas mãos dos que sabem a hora de atirar.
Edson Luis foi assassinado pela ditadura militar, através de uma pistola 45 empunhada pelo aspirante Aloisio Raposo, durante um ato de repressão policial da ditadura para desalojar os estudantes que haviam ocupado o Calabouço no dia 28 de março de 1968.
ResponderExcluirEdson não era ativista da luta contra a ditadura, estava no Restaurante Central dos Estudantes, no Calabouço, Centro do Rio, onde comia, porque participava da "briga" contra o restaurante pela péssima comida que servia aos universitários, ajudando a colar cartazes e jornais nos murais.
Mas, como se sabe, o lugar era mais indigesto para o governo militar do que para os universitários que pagavam 50 centavos por um prato. Do golpe militar, quando a UNE foi posta na clandestinidade, até março de 1968, o restaurante foi o centro de ebulição da resistência à ditadura. De motivos mais triviais, como comida podre, às lutas mais encarniçadas, de lá partiram passeatas que desafiaram os generais e entraram para a História.
Edson estava no lugar errado e na hora errada.
O registro de Ocorrência n. 917 da 3ª D.P. informou que, no tiroteio ocorrido no Restaurante Calabouço, outras seis pessoas ficaram feridas, sendo atendidas no Hospital Souza Aguiar. Foram elas: Telmo Matos Henriques, Benedito Frazão Dutra (que veio a falecer, logo depois), Antônio Inácio de Paulo, Walmir Gilberto Bittencourt, Olavo de Souza Nascimento e Francisco Dias Pinto.
Outras três pessoas foram feridas na Praça Floriano, durante o velório de Edson Luiz, realizado na Assembléia Legislativa, são elas: Jouber Valan, João Silva Costa e Henrique Rego Carnel, também atendidos no Hospital Souza Aguiar.
O corpo de Edson Luiz foi levado por milhares de estudantes em passeata até o Cemitério São João Batista. O fato marcou a luta de resitência à ditadura sob o slong "um estudante foi assassinado, ele poderia ser seu filho!" e inspirou as centenas de grandes manifestações que ocorreram até a redemocratização do país com as eleições diretas de 1989.
(Vermelho)
Afonso, meu amigo.
ResponderExcluirEsclarecedora a sua postagem. No entanto, não concordo com a citação "Edson estava no lugar errado e na hora errada". Não existe isso. Todos estamos onde deveríamos estar. Somos livres. A bala que matou Edson tinha endereço certo. Matar qualquer um que estivesse naquele lugar e naquela hora. Quem estava no lugar errado e na hora errada eram os militares com suas armas contra os meninos.
CIDA
ResponderExcluirCONCORDO COM VC
MAS ACHO QUE O AFONSO QUIS DIZER QUE ALGUMAS PESSOAS MORREM NA HORA ERRADA PORQUE NÃO ERA HORA DELAS, POIS O EDSON NAO ESTAVA LÁ NAQUELE LUGAR E NAQUELA HORA MILITANDO CONTRA O REGIME MILITAR. NINGUÉM NAQUELA HORA E NAQUELE LUGAR DEVERIA MORRER, CLARO. MAS ELE NÃO ESTAVA LÁ PELA CAUSA QUE LHE CUSTOU A VIDA. POR ISSO A EXPRESSÃO HORA ERRADA E LUGAR ERRADO. POIS ELE, NÃO SENDO MILITANTE, SE NÃO ESTIVESSE LÁ, NAQUELA HORA, PODERIA ESTAR VIVO. JÁ OS MILITANTES A TODA HORA E EM TODO LUGAR CORRIAM RISCOS.
Que loucura isso gente
ResponderExcluirOuvir Elis cantando arrepia
A letra arrepia
Arrepia muito mais saber que quando um regime, ou melhor, um estado, mata um menino como Edson, ou mesmo um militante contra esse estado, como disse o Silvio, não se está matando uma pessoa, e sim uma ideia, uma vontade, um despertar.
Quando alguém morre por esse motivo dá uma raiva muito grande dos que se utilizam da força bruta para deter formas de pensar.
Não podemos calar jamais sobre corpos dos que morrem pelas mãos de podres conservadores de causas fálidas.
Democracia sei que não existe. Mas prefiro essa farsa à qualquer espécie de ditadura.
Respondo a esse tópico com outra composição de Milton Nascimento. Que é como vejo MENINOS, que é como MENINOS são. MENINOS não são para serem assassinados pelo estado, não são para serem calados.
ResponderExcluirHá um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão
(música Bola de Meia, Bola de Gude)
Muito bem lembrado, Marcia
ResponderExcluir... E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal...
Perfeito !
Não aceito a morte por assassinato.
ResponderExcluirNão somos bichos correndo atrás da comida. Mas atrás de ideias que alimentam o corpo e a cabeça.
A minha colocação acima é meramente descrever o que acho que aconteceu com o menino Edson. Por mim ele estaria vivo. E não apenas colando painéis contra o restaurante, mas contra um estado repressor. Ele não teve tempo...
Gente. Nunca tinha visto esse vídeo. Me deixou nervosa. Que loucura a forma de interpretação da Elis. Que loucura... Ela se rasga como devem ter se rasgado todas as pessoas que conheciam o Edson. Ela clama como todas as pessoas que têm esse grito engasgado. Fico tão chateada comigo por me calar sobre corpos... ahnnn....
ResponderExcluir"Nenhum homem é uma ilha, completo em si mesmo, cada homem é um parto do continente, uma parte do todo...
ResponderExcluir... a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade, e, portanto, nunca mande perguntar por quem o sino toca, ele toca por você."
Morena
Moreeeeena... Se continuar com postagens assim não me responsabilizarei se me apaixonar por voce... hehehe...
ResponderExcluirMe tocou seu comentário. Sem brincadeira agora. Sério mesmo. Acho isso mesmo que voce disse. Também me diminuo por cada homem morto, cada corpo caído. Mas dos não mortos, inclusive eu, aposto na proliferação de um continente de possibilidades, um mundo onde talvez sinos não precisem tocar porque todos já estão acordados e alertas.
A frase "há um passado no meu presente"
ResponderExcluirNão me deixa esquecer
E não quero esquecer jamais
E a "um sol bem quente lá no meu quintal"
Me aquece de tal maneira que me fortalece para nunca, nunca mesmo, esquecer. Lembrar sempre. Como força vital. Que atenta me faz agir contra qualquer atitude que deponha contra a liberdade.
Tudo postado aqui é muito denso. Sou pega de surpresa com colocações riquíssimas que me deixa sem fôlego. Mas não posso me calar, mesmo que tanto já tenha sido dito.
ResponderExcluirQuem fala sobre seu corpo vive contigo.
Desculpem-me se eu estiver sendo inconveniente. Mas não resisto. O tópico me remeteu a essa explanação.
ResponderExcluirTuma: mais um que morre sem ser condenado pelos crimes durante a ditadura militar brasileira
Morreu um dos maiores símbolos da ditadura militar no Brasil (1964-1985). E a notícia ruim: morreu sem ser condenado por seus crimes, engrossando uma lista de torturadores impunes que não poderão mais ser julgados.
A morte de Tuma expõe a dramática impunidade que impera no país após a ditadura. Com a lei da Anistia, aprovada em 1979 durante o governo do ditador Figueiredo, os torturadores se viram livres de qualquer ameaça de julgamento por seus crimes. Muitos deles, como o próprio Tuma, dedicaram-se à vida política.
E agora, com o passar dos anos, esses criminosos estão morrendo e sendo enterrados com honras de Estado, quando muitas de suas vítimas nem ao menos tiveram direito a um enterro. Em abril passado a OAB pediu ao STF a revisão da Lei da Anistia, mas o Supremo negou o pedido, perpetuando a impunidade aos torturadores. Ao mesmo tempo, o governo se nega a abrir os arquivos da ditadura, mantendo boa parte da história encoberta.
E enquanto isso, esses criminosos vão morrendo sem qualquer tipo de julgamento e punição, mantendo uma mancha na história do país.
Marcos
ResponderExcluirInconveniente seria se não tivesse falado
Como disse a Linda
Quem fala vive contigo
Tuma era um torturador, pode até ser que nunca sangrou ninguém por suas próprias mãos, mas permitiu, deu ordens, consentiu que pessoas morressem sem julgamento. Absurdo. Olha o que eu falei. Morressem sem julgamento... Ninguém jamais deve morrer pela mão do estado por clamar por liberdade. Nem por motivo algum.
Oi, Galera
ResponderExcluirRespondo a postagem com outra música também.
Pesadelo
Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte,
olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã
Olha aí...
(Composição: Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro)
LEANDRA
Anita e Mario Marcos
ResponderExcluirPenso como vcs: mais um que morre sem ser condenado pelos crimes durante a ditadura militar brasileira. Eles mataram pessoas sem julgamento e por isso devem responder por dois crimes: o de assassinato e o de desacato às leis.