Vídeo retrata a ação violenta da Polícia Militar e o desespero de moradores durante a reintegração de posse realizada na ocupação do Pinheirinho, no dia 22 de janeiro, em São José dos Campos, interior de São Paulo. As imagens provam o uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo contra a população como também o manuseio de armas de fogo por parte da Corporação. Segundo nota da PM, toda ação foi feita com respeito incondicional aos direitos humanos. Os desvios, segundo eles, serão apurados.
O Pinheirinho é do povo! Crônicas do terrorismo do Estado.
Leia também o manifesto apresentado pelos diretores do filme "Trabalhar Cansa" durante premiação com presença do governador.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Lugares da Memória: Resistência e Repressão em São Paulo
A ditadura militar que assolou o país nas décadas de 60 e 70 é exposta e denunciada na mostra "Lugares da Memória - Resistência e Repressão em São Paulo", em cartaz no Memorial da Resistência até março.
O Brasil teve, ao longo do século XX, ditaduras que perseguiram, prenderam e torturaram milhares de cidadãos que ousaram lutar contra o autoritarismo e as desigualdades sociais.
Em inúmeros lugares habitam as memórias das ações de controle, repressão e resistência políticas no Brasil durante os dois regimes autoritários - o Estado Novo (1937-1945) e a Ditadura Militar (1964-1985), e em períodos de democracia: presídios, praças, sindicatos, hospícios, campos de aprisionamento, igrejas, ruas, teatros, entre tantos, guardam a memória de atrocidades, lutas e conquistas, de maus tratos e solidariedade. E cabe a nós, agora, dar um sentido a esses lugares.
Por que e como se tornaram espaços de repressão ou campos da resistência? As histórias desses lugares estão nos trabalhos de pesquisadores, em matérias de jornais, em documentários, em documentos e fotografias de arquivos e, especialmente, na memória de cidadãos que, pela ação ou por herança, conhecem esses lugares.
Suportes de informação, são potenciais instrumentos de educação para a cidadania. Cabe a nós, então, despertá-los.
Memorial da Resistência de São Paulo
Largo General Osório, 66 - São Paulo/SP
Tel. 55 11 3335-4990.
Terça-feira a domingo, das 10h às 18h
http://www.memorialdaresistenciasp.org.br./index.php?option=com_content&view=article&id=36&Itemid=27
O Brasil teve, ao longo do século XX, ditaduras que perseguiram, prenderam e torturaram milhares de cidadãos que ousaram lutar contra o autoritarismo e as desigualdades sociais.
Em inúmeros lugares habitam as memórias das ações de controle, repressão e resistência políticas no Brasil durante os dois regimes autoritários - o Estado Novo (1937-1945) e a Ditadura Militar (1964-1985), e em períodos de democracia: presídios, praças, sindicatos, hospícios, campos de aprisionamento, igrejas, ruas, teatros, entre tantos, guardam a memória de atrocidades, lutas e conquistas, de maus tratos e solidariedade. E cabe a nós, agora, dar um sentido a esses lugares.
Por que e como se tornaram espaços de repressão ou campos da resistência? As histórias desses lugares estão nos trabalhos de pesquisadores, em matérias de jornais, em documentários, em documentos e fotografias de arquivos e, especialmente, na memória de cidadãos que, pela ação ou por herança, conhecem esses lugares.
Suportes de informação, são potenciais instrumentos de educação para a cidadania. Cabe a nós, então, despertá-los.
Memorial da Resistência de São Paulo
Largo General Osório, 66 - São Paulo/SP
Tel. 55 11 3335-4990.
Terça-feira a domingo, das 10h às 18h
http://www.memorialdaresistenciasp.org.br./index.php?option=com_content&view=article&id=36&Itemid=27
Elis Regina: sintese da MPB nos anos 1960 e 1970
por Bruno Yutaka Saito
Cantora "vivenciou todas as etapas do processo de legitimação da música brasileira", segundo tese de Rafaela Lunardi.
Era comum encontrar pelos muros de cidades brasileiras a pichação “Elis Vive”. A morte da cantora, então no auge, aos 36 anos, em 19 de janeiro de 1982, fora tão inesperada, que deixou fãs inconformados. Trinta anos depois, Elis vive como referência incontornável para quem faz, pensa ou ouve música brasileira. Na celebração da data, CDs com shows na íntegra, a nova edição de uma biografia e um estudo lançam novas luzes sobre a cantora.
Cantora "vivenciou todas as etapas do processo de legitimação da música brasileira", segundo tese de Rafaela Lunardi.
Era comum encontrar pelos muros de cidades brasileiras a pichação “Elis Vive”. A morte da cantora, então no auge, aos 36 anos, em 19 de janeiro de 1982, fora tão inesperada, que deixou fãs inconformados. Trinta anos depois, Elis vive como referência incontornável para quem faz, pensa ou ouve música brasileira. Na celebração da data, CDs com shows na íntegra, a nova edição de uma biografia e um estudo lançam novas luzes sobre a cantora.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
As palavras e as coisas: sobre as ditaduras
por Emir Sader
O flagrante dos otavinhos ao ter chamado a ditadura militar de “ditabranda” se repete no Chile. O governo neo-pinochetista de Sebastian Piñera aprovou no Congresso a substituição de ditadura militar por “governo militar” nos textos escolares e o de Pinochet de general e não de ditador. A trama fracassou lá também, mas deixa lições.
Que importância tem chamar as coisas pelos seus nomes? Dizer que ditadura foi ditadura e não ditabranda ou governo militar ou “regime autoritário” (como o chama FHC em suas análises)?
Chamar ditadura de ditadura é dizer que é o oposto de democracia. Dizer que se tratou de uma ditadura militar, quer dizer que as FFAA, como instituição, violaram as atribuições constitucionais, e assumiram o poder do Estado.
O flagrante dos otavinhos ao ter chamado a ditadura militar de “ditabranda” se repete no Chile. O governo neo-pinochetista de Sebastian Piñera aprovou no Congresso a substituição de ditadura militar por “governo militar” nos textos escolares e o de Pinochet de general e não de ditador. A trama fracassou lá também, mas deixa lições.
Que importância tem chamar as coisas pelos seus nomes? Dizer que ditadura foi ditadura e não ditabranda ou governo militar ou “regime autoritário” (como o chama FHC em suas análises)?
Chamar ditadura de ditadura é dizer que é o oposto de democracia. Dizer que se tratou de uma ditadura militar, quer dizer que as FFAA, como instituição, violaram as atribuições constitucionais, e assumiram o poder do Estado.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
“O Brasil é afetivo, encantador, violento e tenebroso”
Para Maria Rita Kehl, o importante é que quem está se mobilizando tenha inteligência política suficiente para saber que pontos políticos podem mobilizar.
por Áurea Lopes
Dois pesos: a psicanálise e o jornalismo. Foi a partir dessa parruda união de forças e percepções que Maria Rita Kehl produziu as crônicas de sua mais recente obra, entre muitos escritos em outros livros e jornais – incluindo o artigo que resultou na escandalosa suspensão de sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo por ter defendido políticas do governo Lula, quando o jornal (que faz campanha contra a censura) apoiava o candidato à presidência José Serra.
“Eu até gostaria de fazer crônicas mais literárias, mas os temas da atualidade acabam me roubando... e é pra isso que eu vou”, diz a intelectual, que nesta entrevista exclusiva ao Brasil de Fato fala sobre “as dores do Brasil”, eixo agregador dos temas abordados em "18 crônicas e mais algumas", publicação da Boitempo Editorial lançada no final do ano passado.
Indignada com o descaso dos governos e a indiferença da população diante das mazelas sociais (“restos não resolvidos de 300 anos de escravidão”), Maria Rita fala sobre o engajamento dos jovens nas lutas populares (“ainda é pouco”), a violência policial (“resultado de uma ditadura que termina impune”) e afirma que os recursos para aplacar as dores do país estão na militância: “É hora de fazer política”.
por Áurea Lopes
Dois pesos: a psicanálise e o jornalismo. Foi a partir dessa parruda união de forças e percepções que Maria Rita Kehl produziu as crônicas de sua mais recente obra, entre muitos escritos em outros livros e jornais – incluindo o artigo que resultou na escandalosa suspensão de sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo por ter defendido políticas do governo Lula, quando o jornal (que faz campanha contra a censura) apoiava o candidato à presidência José Serra.
“Eu até gostaria de fazer crônicas mais literárias, mas os temas da atualidade acabam me roubando... e é pra isso que eu vou”, diz a intelectual, que nesta entrevista exclusiva ao Brasil de Fato fala sobre “as dores do Brasil”, eixo agregador dos temas abordados em "18 crônicas e mais algumas", publicação da Boitempo Editorial lançada no final do ano passado.
Indignada com o descaso dos governos e a indiferença da população diante das mazelas sociais (“restos não resolvidos de 300 anos de escravidão”), Maria Rita fala sobre o engajamento dos jovens nas lutas populares (“ainda é pouco”), a violência policial (“resultado de uma ditadura que termina impune”) e afirma que os recursos para aplacar as dores do país estão na militância: “É hora de fazer política”.
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