sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TORTURA, POR QUE NÃO? Maria Rita Kehl

Um texto pertinente, contundente e, pasmem senhores, a autora foi demitida esta semana do jornal onde trabalhava por cometer um "delito" de opinião com outro artigo, não deixem de ler. O post está no link: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/tortura-por-que-nao-maria


12 comentários:

  1. Vivemos na democracia
    Dita cuja contemporânea
    ... que censura
    muito próximo a Dita de outrora
    Vivemos na democracia
    Contanto que não nos expressemos DEMAIS
    Na essência não sei em que mundo VIVO

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  2. Muito bom o texto de Maria Rita Kehl. Bem isso mesmo, os crimes silenciados ao longo da história de um país tendem a se repetir em infeliz conluio com a passividade, perdão, bondade, geral. Não podemos perdoar assassinos. Eles tem que ser julgados. Nossos bons corações tem que fechar os olhos nessas horas e não aceitar a impunidade assim como os torturadores fecham os deles quando trucidam. Nossos corações podem ter um sereno jeito, mas nossas mãos também tem o golpe duro e presto para exigir julgamento aos assassinos.

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  3. Bom demais o artigo. Também acredito que pouca gente parece perceber que a violência policial prosseguiu e cresceu no Brasil porque nós consentimos – desde que só vitime os sem-cidadania, digo: os pobres. É Maria Rita foi demitida porque é uma pessoa lúcida e de coragem. Pensando bem, sorte dela que não trabalha mais para esse jornal reacionário e conservador. Agora ela está é livre para escrever em mídias que respeitam a opinião das pessoas e não exerçam censura.

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  4. Não só pelo bom coração as pessoas não clamam por justiça, mas principalmente pelo medo. Medo de todas as consequências de tal clamor. Justiça é cega, surda e muda mas só para os pobres.

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  5. No Brasil morte de pobre não é investigada, não é relevante, não é notícia.
    Tortura no Brasil funciona como a "CSI: Crime Scene Investigation". Da tortura se retira as pistas, as mostras, as provas... Onde o único que paga a pena é o torturado.

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  6. Na página q vcs recomendaram tem 1 cristo massacrado dilacerado sangrado. Quem torturou esse homem até a morte queria retirar o q dele? A possibilidade do poder? Mas massacrado ele obteve o poder. Então deduzo q por vezes certas coisas q são feitas é como o feitiço virar contra o feiticeiro. Não q com essa teoria medíocre quero mudar o mundo. kkk

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  7. DEMISSÃO DE MARIA RITA KEHL DO ESTADO DE S. PAULO
    Um abaixo-assinado encabeçado por Antonio Candido e Chico Buarque, com mais de 2900 assinaturas, se manifesta sobre a demissão da colunista do jornal. Se concordar e desejar participar, acesse o http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7204.

    Conheça o texto que causou sua saída do jornal (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101002/not_imp618576,0.php)

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  8. Ja assinei.
    A internet realmente chegou para acabar com esses jornais conservadores de podres ideias, agora sim temos acesso a informacao, mas mesmo assim cabe mais uma vez a nos sermos coerentes, quando antes da internet tinhamos a chance de fazermos parte tao facilmente de movimentos dos quais acreditamos, de assinarmos abaixo-assinados.
    Valeu.
    Lee

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  9. Muito interessante os artigos da colunista Maria Rita. Ela é muito boa para trabalhar para esses jornais idiotas subordinados aos interesses da extrema direita conservadora. Sua forma de ver e descrever o mundo merece um espaço mais compatível com a sua lucidez.

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  10. Parte da entrevista de Maria Rita Kehl ao www.viomundo.com.br

    Maria Rita Kehl: Os bastidores de sua demissão pelo Estadão (por Conceição Lemes)

    Viomundo:
    O seu trabalho foi censurado, concorda?

    Maria Rita Kehl:
    A palavra censura não é boa. No meu conceito, censura seria você não pode escrever sobre isso ou aquilo, corta uma linha aqui, outra ali… O que o meu caso demonstrou é que o jornal não permite uma visão diferente da do jornal nas suas páginas. É isso. Essa é dita imprensa liberal.
    As grandes empresas que controlam a informação no país estão nas mãos de poucas famílias… Teoricamente seriam imparciais, dando voz ao outro lado, só que elas têm um posicionamento muito claro de que não são imparciais. Veja o meu caso. O meu artigo é assinado, não estou falando pelo jornal. Mas nem isso cabe.

    Viomundo:
    Na verdade, os grandes veículos se dizem imparciais, alardeiam isso para a sociedade, só que a prática é oposta…

    Maria Rita Kehl:
    Eu acho honesto que o jornal assuma uma posição. É pior dizer que é imparcial e dar a notícia só com um lado. Isso confunde muito mais o leitor.
    É pena que não tenha gente com dinheiro suficiente para apoiar outros candidatos.
    Na verdade, todos os jornais estão apoiando o mesmo candidato. Esse é o problema da política brasileira, da burguesia brasileira, da concentração do dinheiro na sociedade brasileira… Os donos dos jornais são parciais, mesmo… Ninguém é imparcial. Mas, para que os leitores sejam adequadamente informados e se posicionem, é fundamental ter o outro lado. Infelizmente, o que os donos dos jornais revelam é que não cabe voz a outra posição, nem mesmo em artigos assinados. Que liberdade de expressão é esta?

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  11. Muito bom, dona Rita. Que liberdade de expressão é essa onde quando se fala o que se pensa existe a repressão.
    Nada mudou por aqui... Será?!
    É o tal alerta, minha gente, olhos abertos, eles ainda estão vivos. (sem risos)

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  12. Bom mesmo. Conheço o trabalho da Rita há bastante tempo, assim como sua atuação como psicoterapeuta. É a mídia tem dessas coisas, quando bons profissionais nela atuam tenta calar suas bocas.

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