quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Câmara de São Paulo homenageia Eduardo Collen Leite, o "Bacuri"

ENTREGA POS-MORTEM DA MEDALHA ANCHIETA COM GRATIDÃO DA POPULAÇÃO DE SÃO PAULO AO “BACURI”.

“Nosso comandante, mártir e herói chamava-se Eduardo Collen Leite e passou por um tormento de 106 dias seguidos de torturas atrozes nas mãos do Esquadrão da Morte e do DOI-CODI/São Paulo até ser assassinado em 7 de dezembro de 1970. Durante esse período não forneceu aos inimigos sequer seu nome ou seu endereço. Tentamos por todos os meios resgatá-lo das mãos dos criminosos, mas não conseguimos.Tentamos capturar o comandante do II Exército para trocar um por um, mas também não conseguimos. Nossas tentativas fracassaram por vários motivos, inclusive pela ação de infiltrados que nos sabotaram. Foi anunciada sua fuga quando da morte do comandante Toledo. Ele foi escondido num quartel no Guarujá. Ficou como refém do inimigo. Quando houve a captura do embaixador suiço, o tiraram do quartel de madrugada e o mataram covardemente".

Vamos homenagear esse grande brasileiro, que morreu jovem e serviu de exemplo para todos nós que lutamos contra a ditadura.

Local: Câmara dos vereadores de São Paulo
Data: 07 de dezembro
Horário: 19h

(Ivan Seixas - Fórum dos ex-presos políticos)

10 comentários:

  1. Muito válido esse reconhecimento pelos que lutam contra qualquer espécie de ditadura, que lutam pela liberdade.

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  2. Cara
    morrer assim é um gesto que nunca deve ser esquecido nem pelos que pela liberdade lutam nem pelos que acreditam em grilhões
    Viva a liberdade

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  3. No site

    http://www.desaparecidospoliticos.org.br/pessoa.php?id=107&m=3

    Encontramos todas as informações sobre o tempo de Bacuri nas mãos dos ditadores e seus nomes assim como matérias de jornais.

    É muito importante dar uma espiada para ver com quem lidamos e quem ainda está no "poder".

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  4. Pô! Um cara patriota, sim, patriota, pois quem luta pela liberdade de uma nação é, morto pelas mãos de criminosos assassinos, dá uma raiva danada. Melhor nem continuar falando pois vai que falo M.

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  5. Fui lá no site que o amigo anônimo recomendou ver o dossiê do Bacuri.
    É, não é fácil engolir esse tempo de tantos desencontros e vidas perdidas.
    O site é ótimo, tem o registro de 379 pessoas mortas ou desaparecidas pelas mãos da ditadura militar brasileira.
    Sufoco...

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  6. E há quem diga que a ditadura no Brasil foi fraquinha. Que dura mesmo foi a da Argentina que matou milhares de pessoas. Ah vá. Se matassem 1 já era demais.

    Só para esclarecer meu comentário...

    Na Argentina tem várias fontes indicadoras do número de mortos.

    1) Segundo a CONADEP (Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas), criada no final da ditadura pelo governo constitucional de Raúl Alfonsín, o número de desaparecidos, de acordo à quantidade de denúncias judiciárias apresentadas por vítimas e familiares, rondaria 9.000 pessoas.

    2) Grupos defensores dos direitos humanos como as Mães da Praça de Maio e o Serviço Paz e Justiça, estimam que houve 30.000 desaparecidos.

    3) Informe dos EEUU estima-se o número de desaparecidos em 22.000 pessoas.

    4) A Secretaria de Direitos Humanos da Nação Argentina até 2003 tinha registro de 13.000 casos.

    O Informe da Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Personas, CONADEP, deu ao manifesto que a maioria das vítimas eram jovens menores de 35 anos, de profissão operário ou estudante, e que foram detidos em seus domicílios à noite.

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  7. Credo. Mortos demais. Concordo que 1 já é muito, mas 30 mil é mais que demais. Depois dessa só mesmo tentar dormir sem pesadelos.
    Bye

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  8. Não considero homenagens póstumas. Quanto a Bacuri me resta considerar. É por uma causa. Só por isso. Ele por toda sua atitude talvez não aceitasse também, acho.

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  9. Cara, Como gente mata gente nesse mundo. Fico abestado. E o ser humano fica posando de Ser Superior. Superior a quem?

    LU

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  10. CORAGEM AO EXTREMO DE UM HEROI, QUE NOS DIAS DE HOJE, SE ESCONDEM POR TRÁS DE "LEIS DO SILÊNCIO E SEGURANÇA".

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