Troy Davis recusou a última refeição, recusou o tranquilizante. Mas falou. Disse a mesma coisa que repetiu dia a dia durante seus últimos 22 anos: “sou inocente”. De nada adiantou: a Suprema Corte dos EUA se negou a suspender a sentença de morte, apesar dos erros estridentes que coalharam todo o processo. Enquanto isso, no Brasil, era aprovada uma "Comissão da Verdade". Até a última hora, o governo foi obrigado a conceder e conceder. É como se em meu país, olhar de lado, não mexer no passado, ficar distante e dissimular fizesse parte da cultura nacional. Faz?por Eric Nepomuceno.
Aconteceu nos Estados Unidos, em Jackson, capital da Geórgia, um estado sulista, por volta das sete da tarde, hora local, da quarta-feira, dia 21 deste mês. Aconteceu com Troy Davis, negro, 42 anos de idade.





