Peça de teatro mostra toda a barbárie do Ato Institucional n°5 - o AI-5, sobre nosso país.
O país não foi o mesmo depois da edição do Ato Institucional n° 5, que oficializou e escancarou a ditadura em nosso país. Civis passaram a ser julgados por tribunais de militares e a pena de morte passou a existir em tempos de paz. Não oficialmente, pois eles não tiveram a coragem de executar ninguém dentro de suas leis fascistas. Mas, na prática ela existia e atuava sem nenhum freio. Os órgãos de repressão e tortura assassinaram muitas pessoas.
Eduardo Collen Leite, o Comandante Bacuri, passou 106 dias nas mãos dos torturadores mais tenebrosos e nada informou para os carrascos. Nem mesmo seu nome ele confirmou.
O Sábado Resistente de dezembro homenageia esse herói brasileiro, que ousou desafiar a ditadura e não cedeu aos torturadores, protegeu seus companheiros e mostrou uma fibra nunca vista naqueles duros tempos de repressão política e de mortes de brasileiros e brasileiras.
PROGRAMAÇÃO
14h00 – Boas-Vindas
Kátia Felipini (Museóloga – coordenadora do Memorial da Resistência de São Paulo)
Coordenação – Ivan Seixas (Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum Permanente de ex-Presos e Perseguidos Políticos/SP)
14h15 – Homenagem ao Comandante Bacuri
Palestra com a jornalista Vanessa Gonçalves com revelações surpreendentes sobre a vida de Eduardo Leite
15h30 – Apresentação de fragmentos da peça "Os Filhos da Dita"
Grupo Teatral Arlequins (Direção: Sérgio Santiago - Elenco: Ana Maria Quintal e Camila Scudeler)
15h30 – Debate com a jornalista Vanessa Gonçalves e elenco da peça "Os Filhos da Dita"
SÁBADO RESISTENTE
Os "Sábados Resistentes", promovido pelo Núcleo de Preservação da Memória Política e pelo Memorial da Resistência de São Paulo, é um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964.
Os "Sábados Resistentes" tem como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de liberdade, igualdade e democracia, fundamentais ao ser humano.
Memorial da Resistência de São Paulo
Largo General Osório, 66 – Luz – Auditório Vitae – 5º andar
11 de dezembro, das 14h às 17h30
Largo General Osório, 66 – Luz – Auditório Vitae – 5º andar
11 de dezembro, das 14h às 17h30
Ois, Galera
ResponderExcluirMuito importante esse tipo de iniciativa. A preservação de nossa memória é o bem mais valioso que nos dá lastro para resistir a qualquer ação que venha a por em risco nossa liberdade.
Parabéns e sucesso nesse Sábado Resistente.
Bração
Temos direito à memória e à verdade e principalmente divulgar o que aconteceu nesse período da vida brasileira, mostrar aos jovens que talvez ainda não saibam, os registros de um passado marcado pela violência e por violações de direitos humanos. Disponibilizar esse conhecimento é fundamental para o país para que possamos construir instrumentos eficazes e garantidores que esse passado não se repita nunca mais.
ResponderExcluirParabéns Arlequins pela iniciativa.
Sucesso para vocês sábado !
Estou me organizando para estar lá, mas meu filho está com problemas de saúde e não sei se até sábado estarei com esse problema resolvido... Tomara que sim...
LU
Esse menino, o Bacuri, já conhecia a sua história. Foi super perseguido... Cartazes de procurado com a foto dele foram espalhados pela cidade. Foram tantas as notícias contra ele, como um facínora que só fazia o mal. Que disparete. Poucas vezes vi os realmente bandidos e assassinos serem tão pre-julgados.
ResponderExcluirBacuri foi um brasileiro legítimo que defendeu sua terra até que nela foi enterrado. Não que eu concorde que se morra pela pátria. Não mesmo. Embora admito que morre o homem e não o seu ideal.
Arlequins, Sucesso pra vocês nessa apresentação e em todas mais que houver.
Bacuri é uma das frutas mais populares da região norte e dos estados vizinhos à região Amazônica. É uma fruta de casca dura, sua polpa tem aroma agradável e sabor intenso. Esse certamente foi o apelido que Eduardo Collen Leite mereceu e honrou.
ResponderExcluirMinha homenagem ao Bacuri. Homem forte e intenso que sabia se posicionar nesse mundo.
Saboreio pessoas assim.
Parabéns pelo sucesso da apresentação.
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