segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dor e memória pelos desaparecidos da ditadura no romance de Bernardo Kucinski

Sob o título K., o romance conta através da ficção uma história que se baseou na mais crua realidade vivida pela família Kucinski

por Vivian Fernandes

O recém-lançado livro do jornalista e escritor Bernardo Kucinski retrata a busca de um pai por sua filha, que foi vítima da ditadura civil-militar brasileira no ano de 1974. Sob o título K., o romance conta através da ficção uma história que se baseou na mais crua realidade vivida pela família Kucinski.

O pai do autor, chamado de K. na obra, é o protagonista que após a prisão e desaparecimento de sua filha, Ana Rosa Kucinski Silva, sai em busca de seu paradeiro. Ana era militante da resistência à ditadura pela Aliança Libertadora Nacional e, também, professora da Universidade de São Paulo (USP).

Nas palavras da historiadora e professora da USP, Maria Victória de Mesquita Benevides, “este livro não veio para registrar fatos do terrorismo do Estado, mas, sim, para nos colocar dentro da dor e da memória”. Ela acrescenta que esta foi a obra sobre o período da ditadura que mais a emocionou, provocando sentimentos de “compaixão” e de “raiva e indignação”, pois “se a dor suprema pertence ao pai, a sua tragédia é a de todos”.

"Desaparecidos, mas não olvidados. O senhor K. é o protagonista, dilacerado em seu amor paterno e os sentimentos de culpa: como não percebera o que acontecia com a filha, ele que também fora um resistente judeu na Polônia natal? Na leitura, convivemos com as providências desesperadas da família, apelando no país e no exterior e aqui tendo que lidar com agentes da repressão, com informantes, com extorsões, com a mentira, o escárnio, a humilhação, a covardia, a crueldade."

O livro possui 177 páginas e é publicado pela Editora Expressão Popular, no valor de R$ 15. Ele pode ser adquirido através da livraria virtual da editora no site www.expressaopopular.com.br.

4 comentários:

  1. VALEU A DICA.... VOU LER, PROMETE SER BOM

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  2. Nada fácil pra um pai viver esta dor que como disse a professora é na verdade uma dor de todos porque não só sua filha foi desaparecida/morta mas todo um tempo de um Brasil sucumbido em sofrimento.

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  3. Já estou lendo o livro. Mto bom gente. Vcs sempre dando dicas legais de livros e outras coisas mais.
    Tambem ADORO o Blog. Sou um seguidor fiel. hehehehe

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