A versão oficial
diz que o jornalista se suicidou em sua cela em São Paulo em 1975, mas a
família exige o reconhecimento de sua morte por militares durante a
ditadura
por José Cruz/Abr
Por pedido da família, a comissão solicitou que no documento conste como causa da morte "lesões e maus tratos sofridos durante o interrogatório nas dependências do 2º Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi)" e não por asfixia mecânica, como consta do atual atestado de óbito.
A solicitação foi aprovada por unanimidade pelos membros da comissão, que anexou ainda documentos de ações judiciais interpostas anteriormente pela família nos quais é refutada a teoria do suicídio.
"Quando a sentença rejeita a tese do suicídio exclui logicamente a tese do enforcamento", raciocinou a comissão, que acrescentou que o certificado "encobre a causa real da morte".
Herzog, com uma ampla trajetória nacional e internacional, foi encontrado morto em 25 de outubro de 1975 em sua cela, um dia após ter se apresentado para depor sobre seus vínculos com movimentos de esquerda.
Segundo a versão oficial da época, o jornalista se enforcou com seu próprio cinto em uma janela da cela, e a Justiça determinou que se tratava de suicídio.
Em março passado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou que investigaria a morte de Herzog.
Justíssimo, não podemos mais ter nossa história mascarada por interesses de ditadores. Liberdade para a verdade já e sempre!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirVlado merece esse reconhecimento. Era um homem de coragem, não é justo carregar para sempre essa imagem de suícida. Essa falsa imagem, criada para distorcer a verdade que acontecia naqueles podres porões administrados por psicopatas.
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