quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
As canções do exílio - Uma labareda que lambeu tudo
Documentário de Geneton Moraes Neto conta a saga dos baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil no exílio forçado pela ditadura militar e reúne depoimentos de Jorge Mautner e Jards Macalé.
“Só voltem quando forem autorizados”, foi a advertência que Caetano Veloso e Gilberto Gil ouviram em julho de 1969, após passarem por celas de vários quartéis do Rio depois de ficarem em prisão domiciliar em Salvador e assim partirem para um exílio forçado que se arrastou até janeiro de 1972.
Foram presos por oficiais do 2º Exército, duas semanas depois da decretação do AI-5 e dois dias depois do Natal de 1968, jamais souberam o motivo, admite-se que possa ter sido pela participação em passeatas, ou em movimentos estudantis, ou por suas nada convencionais performances em festivais, ou ainda por suas atitudes de rebeldes tropicalistas, que tanto incomodavam civis e militares.
O documentário
“As canções do exílio - Uma labareda que lambeu tudo”, dividido em três partes de 50 minutos, estreou ontem (8), hoje (9) será apresentada a segunda parte e amanhã (10) a última, pelo Canal Brasil às 22h.
O documentário gira em torno de depoimentos do período da prisão, exílio e a volta de Caetano Veloso e Gilberto Gil ao Brasil e Jards Macalé e Jorge Mautner, que chegaram a Londres em seguida. De posse dos depoimentos, Geneton intercalou entrevistas antigas, realizadas por ele em áudio e vídeo desde 1970.
Geneton, tendo começado a vida como jornalista e caído na TV quase por acaso, esses anos todos deixou de lado o que realmente queria fazer: cinema documental.
- Este é o meu rompimento amigável com o jornalismo e a retomada da carreira de cineasta interrompida pela TV - diz Geneton, antecipando que os 150 minutos da série serão reduzidos a 120 para o cinema.
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jards Macalé e Jorge Mautner revelam como foram os anos longe do Brasil, a censura e a volta para casa. Caetano, por exemplo, lembra a pressão que sofreu para compor uma música exaltando a Transamazônica. Gilberto Gil revela que foi obrigado a fazer um show para a tropa do quartel onde estava preso. Contam a história cronologicamente. A detenção, o ano-novo passado atrás das grades, os tempos de prisão domiciliar, a proibição de fazer shows e gravar discos, a vinda ao Rio de um chefe de polícia de Salvador para mostrar aos superiores o absurdo da situação, epsódio que gerou "a ordem" que saíssem do país.
A locução é do ator Paulo César Pereio, um ex-militante do Partido Comunista, que combina aos depoimentos o sentimento de quem já sofreu com o regime.
fontes: João Máximo / bahiaempauta.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
eu assisti ontem, recomendo
ResponderExcluiré muito bom
anaclara
Eu não. sniffff sniffff
ResponderExcluirNão tenho Canal Brasil em casa.
Sou pobre... kkkkkkkk
Boa dica
ResponderExcluirEu tava sabendo desse documentário, li num jornal, parece q tem passagens muito ilárias, além das outras + dolorosas, como por exemplo, qdo Macalé, sob a ação de LSD, em visita ao museu de Madame Tussaud, apaixonou-se por uma Branca de Neve de cera e q se não fosse o guarda, teria matado o desejo ali mesmo e q ainda hoje ele sente saudades daquela Branca de Neve. Achei essa massa.
@r@pong@
obrigada gente pela informação
ResponderExcluirnão tava sabendo desse documentario
tá quase começando
vou assistir
depois eu conto se gostei
acho que vou gostar
adoro esses meninos
Cris
Quem calor, hein gente...
ResponderExcluirÉ, valeu a dica, mas tbem não tenho canais fechados em casa. Mas acho que está rolando um documentário muito bom. Geneton é uma pessoa muito especial e os outros 4 estão entre meus músicos preferidos. Mautner para mim é um ícone da vida boa e pura. Lembro de Macalé, num show, sentado num vaso sanitário. Caetano e Gil... É, é um bom documentário.
Abraços galera
naun vi e naun quero ver
ResponderExcluircaetano eh 1 porre
HeBoy