terça-feira, 26 de julho de 2011

MTC ocupa a Funarte



Ontem, segunda-feira, 25, o MTC - Movimento de Trabalhadores da Cultura ocupou o prédio da Funarte em São Paulo. A ocupação não tem prazo para terminar e está aberta a todos que quiserem participar e apoiar o movimento.


300 artistas e simpatizantes unidos por um objetivo comum e reunidos em plenária, discutem os próximos passos do movimento.
O Ministério da Cultura abriu as portas da Funarte para os trabalhadores da cultura, permitindo que ocupem o espaço até quinta-feira, desde que a programação normal não seja afetada.

A proposta então é: Artistas de São Paulo, transfiram seus ensaios e outras atividades artísticas para a Funarte. A porta está aberta a todos e o MTC garantirá que siga assim durante a semana.

Junte seu grupo e mostre ao governo que sabe o que quer!

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Hoje, na Funarte, alguns grupos amanherecem trabalhando, ensaiando...

O MTC segue na luta por tempo indeterminado, não numa mera ocupação estética estática, não com o intuíto de apenas fazer barulho, sim para mostrar o que vem ocorrendo com a política de verbas para a Cultura.

A Funarte liberou uma pequena verba de R$ 100 milhões semana passada, para dizer que há muito dinheiro quando na verdade o dinheiro vem sendo cortado drasticamente. Pior: tratava-se de rebarba do orçamento do ano passado.

A verdade é que dois terços da verba federal para Cultura foi cortada. O MTC exige aprovação da PEC 150. Ela garante que o mínimo de 2% do orçamento geral da União seja destinado à Cultura. Exige também a aprovação da PEC 236, que prevê a Cultura como direito social.

O MTC aproveita então o "tão singelo abrir dessas portas" e estende o convite para todos os artistas, todos os trabalhadores da cultura:

Junte seu grupo e mostre a todos os governos que sabe o que quer!

Arte pública com dinheiro público!

Fim do engôdo chamado incentivo cultural via isenção fiscal!

Por políticas culturais estruturantes!

Cultura não é mercadoria!

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Trabalhadores da Cultura, é hora de perder a paciência!

Dia 25 de julho a bomba vai explodir!

Com essas mensagens, depois de muitas Plenárias que contaram com a presença de mais de 600 pessoas e grupos de várias partes da Capital Paulistana e interior de São Paulo, aprofundando sobre o descaso da política cultural privatizante deste país, depois de tanto trabalho e discussões, "agora temos mais maturidade e acúmulo histórico pra nos reunirmos numa luta que nos unifique como trabalhadores culturais e artísticos e não meros agentes de eventualidades, como ainda hoje é tratado o nosso fazer Cultural", e no dia 25, na rua Apa, 83, bairro de Santa Cecília – São Paulo, "foi a hora de mandar nosso recado numa das maiores manifestações que as categorias artísticas e culturais de São Paulo já conseguiram reunir".

O Movimento de Trabalhadores da Cultura, aprofundando e reafirmando as posições defendidas desde 1999, em diversos movimentos como o Arte Contra Bárbarie, torna pública sua indignação e recusa ao tratamento que vem sendo dado à cultura deste país. A arte é um elemento insubstituível para um país por registrar, difundir e refletir o imaginário de seu povo. Cultura é prioridade de Estado, por fundamentar o exercício crítico do ser-humano na construção de uma sociedade mais justa.

Leia o manifesto

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3 comentários:

  1. Não faço parte do núcleo artístico de nosso país, mas sou professora e tenho que lidar todo o tempo com jovens totalmente despreparados, sem nenhuma informação cultural e conceitos deformados, por isso concordo e apoio esse movimento.

    Silvana M.

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  2. Temos mais é que gritar mesmo contra essa distribuição farta de dinheiro público para os grandes, que não precisam, deixando grupos pequenos sem recursos. Quando o Ministério da Cultura liberou R$ 9,4 milhões para o Cirque du Soleil vir ao Brasil fiquei indignada. Porque eles precisam de dinheiro público se tem sempre suas platéias lotadas com a venda de ingressos em torno de R$ 500,00?

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  3. tambem apoio
    incentivo a arte e a cultura sempre
    e que nosso dinheiro seja usado com o que precisa e não entregue de bandeja a empresarios que tem seus proprios recursos

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