sábado, 23 de abril de 2011
Depoimento de Julio Senra
Ao fim de cada capítulo, da novela Amor e Revolução, do SBT, seres humanos reais, tanto aqueles que defenderam o regime militar como os que o enfrentaram e sobreviveram, dão depoimentos detalhados, em primeira pessoa. Das vítimas da tortura, relatos num nível de profundidade e numa extensão que nunca se viu na TV brasileira.
Por esses depoimentos, Amor e Revolução vale a pena. Ela ajuda o País a desvelar o tabu, a libertar dos arquivos mortos um assunto que os brasileiros têm o direito de conhecer. Isso não significa revanchismo nem pleitear a devida punição aos torturadores e a seus chefes. Trata-se simplesmente de saber o que aconteceu nas masmorras dos anos 60 e 70, e só por isso vale torcer para que o tema da novela ganhe mais repercussão, apesar da própria novela. Amor e Revolução é estimável por levantar um tema que ainda é tabu.
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Esses depoimentos contam a história da ditadura no Brasil, fato que poucos sabem na essência. Muitas pessoas nem sabem que o Brasil já viveu numa ditadura. E muito menos o que aconteceu aos que contra ela lutaram.
ResponderExcluirPor isso acho super válida a iniciativa do autor.
Ele teve boa vontade ao idealizá-la. Alguém tem que ter, não é?
Ah, fico feliz por vocês estarem em vésperas da estréia. Peninha que não moro em sampa. Estou torcendo por vocês. :D
Se envergonhar do passado não prospera. Por isso temos que lavar esse nosso passado para não termos mais motivo para esconder nossa sujeira com perfumes e adereços artificiais que só nos pertencem porque os compramos e não nos melhora no íntimo. Só conhecendo nossa historia podemos afirmar quem realmente somos. Por isso esses depoimentos são de supra importância para a formação de nossa gente.
ResponderExcluiro cara pegou em arma contra o estado e queria o q? sair de vitima dessa? faz favor. lugar de terrorista é no xilindro.
ResponderExcluirHeBoy
o q vcs falam ai nessa peça os filhos da dita?
ResponderExcluirAssisto a novela. Admito que pouco me importa a atuação ou o design. Pouco me importa o amor de José e Maria. Me importa única e simplesmente que é uma das diminutas tentativas da TV em retratar aos dependentes da telinha algo mais incisivo que diz respeito a formação do mundo em que vivemos.
ResponderExcluirA ditadura no Brasil não é uma fase que se restringe aos anos presididos por generais, é um comportamento que se estende até hoje, nas práticas do cotidiano, onde a sociedade aceita a tortura, a morte, aos que nela não se adequam.
Não assisto novela. Mas acho mais que válido a intenção do autor. Fala-se ou não dessa ditadura. Aposto no fala-se.
ResponderExcluirOlá, amigo Anônimo de 24 de Abril às 02:51h
ResponderExcluirSobre sua pergunta: "o q vcs falam ai nessa peça os filhos da dita?"
Este espetáculo faz parte das comemorações de aniversário de 25 anos do Arlequins, núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro. Durante o processo de trabalho e temporada do último espetáculo: pra Não dizer que Não falei das Flores, foi identificada em debates, palestras, conversas e leituras a necessidade de discutir o golpe civil militar brasileiro de 1964 e as consequentes mazelas no nosso cotidiano.
O espetáculo não pretende contar a história, os fatos, as armas e os barões assinalados todos. Assim como o anjo da história, de Walter Benjamin, gostaríamos de nos deter, acordar os mortos e juntar os fragmentos, mas somos impelidos irresistivelmente para o futuro. Os nossos olhos estão voltados para a ordem e o progresso: esse fascínio que ainda exerce o invólucro desenvolvimentista na qual se embrulhou essa ditadura militar brasileira. Se o lobo mau já engoliu a chapeuzinho… O resto não é silêncio, então… interessa: como a vomitará.
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Será um prazer recebê-lo no Teatro Coletivo.
No topo do blog você encontra todas as informações necessárias.
Abraços
Dia desses, na novela, assisti uma cena inimaginável. O torturado preso ao pau de arara tomando pancada e ao mesmo tempo ele e o torturador num diálogo pleno onde cada um defendia sua causa. Muito louco.
ResponderExcluirTudo de bom a vocês nessa temporada em sampa. Quem sabe um dia posso assistí-los aqui na minha terra. :D
Não entendo muito dessa época. As vezes assisto a novela pra me sintonizar com esse período e vejo coisas que jamais imaginei. Cara o regime ditador foi cruel demais com nossa gente. Pensei que tinha sido uma ditadurazinha desqualificada mas que nada foi dura dura demais, onde o que mais me surpreende é que acreditavam que matar, torturar, era para o bem do povo. Insanidade total.
ResponderExcluirVocês vão apresentar a peça. Que legal. Vou ver se consigo uma vaga na minha agenda pra dar uma chegada aí em sampa pra ve-los.
ResponderExcluirSe não der, da mesma maneira estarei desejando muita M pra vocês.