por Vivian Fernandes
A novela “Amor e Revolução”, que estreou na última terça-feira (05) no SBT, é alvo de abaixo-assinado promovido por militares que são contra sua exibição. O programa tem o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985) em sua trama central e mostra cenas de tortura e perseguição aos militantes políticos da época.
A manifestação contrária à novela foi organizada através de um portal dos militares na internet www.militar.com.br (...)
Segundo a integrante da diretoria do Grupo Tortura Nunca Mais, Elizabeth Silveira Silva, ações como esta demonstram a tentativa de impedir a busca pela verdade desse período.
“Na realidade eles não querem que tenha divulgação de nada. Assim como eles não abrem os arquivos, exatamente para que essa história não seja contada, eles ficam tentando que essa história verdadeira não venha a público. Mesmo que seja uma novela, que não é um documento, mas apenas um folhetim que aborda essa questão”.
O abaixo-assinado foi proposto por um membro da diretoria da Associação Beneficente dos Militares Inativos da Aeronáutica (ABMIGAer). Ele se destina a procuradores da República do Distrito Federal, solicitando deferimento em caráter urgentíssimo.
O autor da novela, Tiago Santiago, deu declarações sobre a iniciativa, que em sua opinião é “despropositada”. Ele também disse que se recusa a mudar a história do programa em favor de “criminosos, torturadores e assassinos”.
De São Paulo, da Radioagência NP
Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/6061
Será que nao avisaram ainda pra eles que a censura já era !!!!!!!!!
ResponderExcluirQue medo tolo é esse minha gente, digo, gente.
kkkk Queria ser um mosquitinho pra ver qualquer um deles diante da telinha assistindo a novela . Aí sim vou ver expressões, gestos, falas convincentes e cairei da cadeira kkkkk
ResponderExcluirMAX
Censura!!!
ResponderExcluirCensura com vontade e ímpeto de "otoridade".
Quero ver depois a explicação quando a novela sair do ar.
Planta que a gente colhe.
Quando alguma emissora produziu uma novela retratando essa face cruel da ditadura? Pois é...
ResponderExcluirDetesto novela. Passa tempo ocioso. Mas essa estou assistindo, por respeito à atitude do autor e por considerá-la de extrema importância na formação de nossa história.
Quando mostraram Claudio Cavalcanti pisando no ácido que queimava sua pele, ele disse uma palavra suficiente: Liberdade.
@r@pong@
Sou louco o suficiente pra assistir essa novela. E mais louco por estar gostando. Fala de um tempo que a história oculta. E fala com ímpeto que o Brasil caiu numa grande armadilha na qual está preso até hoje. E os que acreditam em socialismo são loucos por quererem que todos tenham direitos iguais. Ahhhhnnn
ResponderExcluirAmor e Revolução é uma novela ruim pela qual vale a pena torcer. Se há algo de que o Brasil precisa é, vamos usar aqui uma palavra pernóstica, "revisitar" os bastidores e os traumas da luta armada, aí incluída a dura repressão política. A tortura precisa aparecer na TV. É bem verdade que já houve, na década passada, logo após a posse de Fernando Henrique Cardoso como presidente, não uma novela, mas uma minissérie que falou dos guerrilheiros.
ResponderExcluirFoi Anos Rebeldes, na Globo. Mas, naquela minissérie, o tema da tortura recebeu um tratamento elíptico, distanciado. Agora, Amor e Revolução traz longas sequências de tortura. O problema é que elas não são bem-feitas. Ao contrário, poderiam ser chamadas de sensacionalismo melodramático: promovem o encontro estilístico entre o mau gosto e o realismo impostado, que lembra a encenação de crimes de sangue em teatro de circo mambembe. O valor estético é nenhum, mas sempre há o mérito, vá lá, de tocar no assunto. Daí a torcida para que o vexame não seja total nem totalitário.
Quanto à tortura, a novela traz mais do que cenas de ficção. Ao fim de cada capítulo, seres humanos reais, tanto aqueles que defenderam o regime militar como os que o enfrentaram e sobreviveram, dão depoimentos detalhados, em primeira pessoa. Nisso, no uso que faz de testemunhos de gente de verdade ao fim dos capítulos, o SBT apenas copia sem a menor cerimônia a fórmula que fez escola em novelas da Globo, mas, desta vez, o que temos são relatos das vítimas da tortura, num nível de profundidade e numa extensão que nunca se viu na TV brasileira.
Apenas por esses depoimentos, Amor e Revolução já teria valido. Ela ajuda o País a desvelar o tabu, a libertar dos arquivos mortos um assunto que os brasileiros têm o direito de conhecer. Isso não significa revanchismo nem pleitear a devida punição aos torturadores e a seus chefes. Trata-se simplesmente de saber o que aconteceu nas masmorras dos anos 60 e 70 – e só por isso vale torcer para que a nova novela do SBT não sucumba inteira e prematuramente à força imperiosa de seu desastre estético. Torce-se para que o tema da novela ganhe mais repercussão, apesar da própria novela. Quanto ao mais, Amor e Revolução é inestimável por levantar um tema que ainda é tabu, mas é péssima no modo de tratá-lo.
Publicado no Observatório da Imprensa
Concordo com a matéria do OI. Pode ser ruinzinha, mas não deixa de ser necessária. Aparecer na TV essa informação de que houve repressão e tortura no Brasil é importante para se falar sobre esse assunto e não apenas dos lindos cabelos aloirados e esticados dessa ou daquela atriz.
ResponderExcluirTambém comecei a assistir, pelo simples fato de estar tratando de um assunto que precisa ser revivido para ao menos alguéns saberem o que aconteceu no Brasil, que houve ditadura aqui e que foi mortal e sofrível e que muita gente novinha nem sabe o que é isso.
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