domingo, 27 de março de 2011

Marcha da Familia com Deus pela Liberdade

Na capital paulista, 500 mil pessoas participaram da Marcha da Família com Deus pela Liberdade em defesa da Constituição e das instituições democráticas brasileiras e de repúdio ao comunismo. Em 19 de março de 1964.

A Marcha saiu da Praça da República ao som dos clarinetes dos Dragões da Força Pública, e chegou à Praça da Sé com os sinos de todas as igrejas repicando simultaneamente, enquanto a banda da Guarda Civil executava Paris Belfort, o hino da Revolução constitucionalista de 1932.

Veja vídeo do CPDoc JB sobre os 47 anos da marcha da Familia com Deus pela Liberdade:




Falaram durante a concentração em frente à Igreja da Sé o Senador Auro de Moura Andrade, o deputado Herbert Levi, o Senador Padre Calazans, a Deputada Conceição da Costa Neves e outros oradores. O governador Carlos Lacerda, que assistiu a parte da concentração, disse que "São Paulo começou a salvar o Brasil".

O movimento era uma clara resposta às recentes decisões anunciadas pelo presidente João Goulart. São Paulo mostrava mais uma vez possuir um voto conservador. Milhares de faixas conduzidas pelos manifestantes faziam alusão à integridade da Constituição, à democracia e às reformas, e combatiam o comunismo. Nos cartazes portados pelos manifestantes, críticas diretas ao governo federal e até mesmo pedidos de impeachment a João Goular. As principais faixas diziam: "Deputados patriotas, o povo está com vocês"; "Brizola: playboy de Copacabana"; "Reformas só dentro da Constituição"; "Basta de palhaçada, queremos Governo honesto"; "A melhor reforma é o respeito à lei"; "Senhora Aparecida iluminai os reacionários". Essa demonstração de massa foi, a olhos militares, o aval definitivo para o golpe de 1964.

O aval que os militares precisavam

A Marcha foi uma resposta ágil e direta ao comício feito por João Goulart e os seus partidários na estação Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Ele havia acabado de assinar o primeiro passo para a reforma agrária e o projeto que previa a encampação das refinarias particulares de petróleo. No palanque de 13 de março de 64, Miguel Arraes e Leonel Brizola também discursaram. Brizola foi o mais aplaudido. Após deixar o governo, Jango exilou-se no Uruguai, e morreu na Argentina em 1976. Com o golpe de estado, os militares tomaram o poder e só o deixaram 21 anos depois.

publicado pelo Jornal do Brasil em 20 março 2011

8 comentários:

  1. Senhora Aparecida iluminai os reacionários é hilário.

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  2. Pra mim essa marcha é como A marcha da morte do general Sherman.
    Sua campanha arrasou campos, fazendas, fábricas, ferrovias, cidades dos confederados. Encurtou a Guerra de Secessão norte-americana (1861-65) mas encheu os americanos de pavor: "A mais monstruosamente bárbara das marchas dos bárbaros".

    No Brasil de 1964 a Marcha da Familia com Deus pela Liberdade incitou a crueldade, o derramamento de sangue, a tristeza. Ovacionou a democracia e criou um estado tirano. Ostentou que queria um governo honesto e espalhou a podridão. Ergueu a faixa que a melhor reforma é o respeito à lei e descumpriu toda a Constituição. E fez valer aqui: "A mais monstruosamente bárbara das marchas dos bárbaros".

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  3. Malditos sejam os que espalham sofrimento.

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  4. Uma marcha de conservadores classe média que morria de medo de dividir o pão. Vai que o cara come e se fortalece.

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  5. Cruz Credo
    Eu nessa marcha estaria fantasiado do mais poderoso demonio, só para dizer: Vocês que me criaram.

    @r@pong@

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  6. eu de anjo rebelde
    sabe aquele chatinho que não tem missão definida e atormenta os que acham que tem ?
    e puxam os pés dos que dormem com a consciencia tranquila só porque suas contas bancarias estão segura em bancos estrangeiros...?
    pois é... toda noite coçarei esses pesinhos
    que delícia

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  7. Já que é a brincadeira é se imaginar fantasiado nesse dia fúnebre vou de general sem estrela. kkkkkkkkkk

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